Entre as discussões relacionadas ao treinamento com pesos esta
a amplitude em que se realiza os exercícios de musculação, parece mais comum em
academias verificar pessoas realizando
repetições com amplitude menor ou parcial do que com amplitude total. Mas qual
será realmente a diferença entre as técnicas?
Com amplitude parcial é claramente possível utilizar mais
peso na realização de um determinado exercício, peguemos o clássico supino reto para o peitoral.
Em pequena amplitude uma pessoa realiza o exercício em forma razoável utilizando
a carga de 100kg ate a falha, mas com amplitude bem menor digamos entre 80 a
90° graus, no caso o menor arco de movimento proporcionara o incremento na
carga elevada, já que proporciona maior interação das proteínas musculares
actina e miosina.
Um estudo conduzido por Graves at al. Utilizando series para
musculatura lombar realizada por dois grupos durante 12 semanas concluiu que o
grupo que realizou exercício em amplitude reduzida ganhou mais força.
Mas outro estudo de Graves et al. Também mensurando o
desenvolvimento da força em amplitudes diferentes demostrou um aumento de força
nas áreas cobertas pela amplitude menor, porem nas amplitudes não cobertas pela
amplitude realizada observou-se fraqueza muscular.
Voltando ao nosso supino o mesmo rapaz realizando uma
amplitude maior de forma aceitável na qual a barra toca o peitoral, o mesmo
consegue utilizar 80kg em uma execução ate a falha. Neste caso devido a maior
amplitude do movimento ocorre-se também um maior deslize entre actina e
miosina.
Apesar do treino com repetições parciais desenvolver maior
capacidade de desenvolver força contra uma carga maior, diminui-se a capacidade
de estimular hipertrofia, ou seja, o espessamento da musculatura o que tem a ver
com o menor tempo de tensão a qual o musculo é exposto.
Maior tempo de tensão produz maior volume de microrrupturas
teciduais. Pinto et al. Demonstrou em um estudo controlado que a rosca direta
desenvolvida por dois grupos distintos fez com que a força aumentasse
igualmente para ambos os grupos, mas a hipertrofia foi maior para o grupo que
realizou o exercício com maior amplitude.
Treino em grande amplitude e amplitude parcial produzem estímulos
diferentes de forma que em nosso programa muito embora a ênfase sejam as
maiores amplitudes algumas vezes também utilizamos amplitudes menores a fim de
produzir ganhos complementares.
Treino tipicamente e somente em pequenas amplitudes, por
motivos mecânicos também de nada colaboram com a mobilidade articular e a
melhora da flexibilidade, outro ponto a ser discutido no estimulo da própria hipertrofia
quando o assunto é a fáscia muscular.
Graves J.E. et al. Limited range of motion lumbar extension
strenght training. Med Sci Sport Exercise p.12 8-33. 1992.
Pinto R.S.,et al. Effect of Range of Motion on Muscular
Strenght and Thickness. Journal of Strenght Cond Res:26(8):p.2140-5. 2012.
Guimarães Neto W.M. Musculação intensidade Total. São
Paulo: phorte Editora 2nd edição, 2011
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