A única forma de perder peso é
queimando mais energia do que ingere. Num artigo escrito há quase 20 anos
atrás, publicado em 1990 no British
Journal of Sports Medicine lemos sobre uma forma de conseguir que o
seu corpo queime um pouco mais de energia, o que é interessante para os
praticantes de musculação. Está preparado para ficar a conhecer?
Os praticantes de musculação e culturistas que queiram perder peso mas
também manter ao máximo a massa muscular, têm duas opções: podem seguir uma
dieta hipocalórica com boas quantidades de proteína, ou podem adicionar treino
cardiovascular aos seus programas de treinos.
A última hipótese funciona relativamente bem, faça uma hora de bicicleta
elíptica e poderá queimar até 400 calorias, uma quantidade que é difícil
atingir sem suplementos ou mudanças dietéticas.
Mas o corpo tem uma capacidade limitada de recuperar do exercício
físico. Uma pessoa saudável cujo único exercício que faz é corrida, pode-se
tornar mais saudável caminhando ou correndo durante 50 minutos três vezes por
semana.
Mas para um praticante de musculação que já leva o seu corpo ao limite
nos treinos com pesos, o prolongamento das sessões de treino com exercício
cardiovascular poderá impedir a obtenção de mais progressos.
Quanto mais longas forem as suas sessões de treino cardiovascular, maior
será a quantidade de hormona cortisol que o seu corpo irá produzir, e mais irão
impedir os seus progressos. Por isso, a solução é limitar o período de tempo e
o número das sessões de cardio. Mas numa sessão curta queima-se menos calorias
do que numa sessão longa.
No entanto, poderá ser capaz de resolver este problema dividindo o seu
treino cardiovascular em duas sessões. Isto de acordo com uma investigação
realizada na Northeastern Illinois University e publicada em 1990.
Se fizer isto, não só irá limitar o impacto negativo do treino
cardiovascular, como também irá aumentar a quantidade de energia que queima.
Aqui não estamos a falar da energia que é queimada durante as sessões
cardiovasculares, mas sim depois. Depois do esforço físico, o seu corpo gasta
energia para regressar ao seu estado em repouso.
Por exemplo, durante o exercício, o se coração bate mais rapidamente e
portanto queima mais energia.
Quando você para, demora
algum tempo até o seu coração voltar ao normal. Recuperar a energia ou fluidos
usados, ou deixar recuperar o tecido muscular, são processos que despendem
energia.
Dividir a sessão de cardio em duas
partes, parece aumentar o dispêndio energético ou efeito EPOC.
Os cientistas têm um nome para este gasto adicional
de energia: chamam-lhe EPOC (excess post-exercise oxygen consumption / excesso
de consumo de oxigênio pós-exercício).
No seu estudo, os americanos colocaram seis mulheres a correr numa
sessão de 50 minutos a 70% do seu VO2max (ritmo cardíaco máximo).
Depois as mulheres tiveram que correr durante duas sessões separadas com
a duração de 25 minutos cada a 70% do seu VO2max. Após essas sessões, os
investigadores mediram o EPOC das mulheres, 30 minutos depois do exercício.
20 minutos depois de terem
parado de correr, o consumo de oxigênio das mulheres tinha regressado
ao normal. Não fez diferença se tinham corrido 25 ou 50 minutos, o seu EPOC foi
o mesmo. Mas quando as mulheres correram em duas sessões, o valor de EPOC total
atingiu o dobro.
As mulheres que tiveram de correr durante 50 minutos queimaram mais 7
calorias por minutos após a sua sessão de treino. Por isso, em 20 minutos elas
tinham queimado 140 calorias. As mulheres que correram em duas sessões
separadas queimaram o dobro das calorias.
É claro que mais 140
calorias não é um valor muito alto. Mas se fizer isso três vezes por semana,
serão mais 420 calorias que irá queimar por semana. E (em teoria) se fizer isso
durante 17 semanas, irá queimar mais um quilo de gordura.
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